mês de julho é um daqueles meses que é preferido por muitas pessoas. Ele traz em seu calendário diversas comemorações, principalmente as festas típicas caipiras, seu clima ameno proporciona momentos de aconchego e afeto, além das férias escolares, que são de praxe neste período. Entretanto, este mesmo mês pode ser vivenciado de uma forma não tão festiva para outras tantas pessoas.
Os contextos de frio, festas e férias, apesar de inicialmente serem caracterizados como momentos de alegria e partilha, são situações muito propícias e visadas por agressores para a prática da violência sexual.
As férias tendem a ser as mais preocupantes, pois este recesso implica na perda de um espaço para as crianças e adolescentes ficarem durante o dia, principalmente no caso de responsáveis que trabalham fora. Estes, acabam optando por deixarem os filhos sob os cuidados de vizinhos, amigos, conhecidos, membros da família extensa ou contratação de babás, na crença de que estarão em segurança e recebendo o zelo adequado.
Outra situação são aqueles alunos que nas férias ficam em casa o dia todo, passando mais tempo sozinhos com pessoas de seu círculo de convivência, a rotina do banho, de se trocar e de dormir, são algumas situações de desproteção que podem ser aproveitadas para o cometimento da violência.
Ainda, há crianças e adolescentes que passam grande parte do dia na rua sem supervisão, ficando sujeitos a violência também.
Já nas festas, as propostas de brincadeiras e danças, o oferecimento de doces ou outros alimentos, podem ser utilizados de forma velada para convencimento e sedução da criança e adolescente a fim do adulto realizar alguma violação.
Convites para dormir junto e excesso de contato físico com a justificativa de se esquentar do frio, também merecem atenção.
Todas essas situações citadas, são exemplos de vulnerabilidade e exposição à violência sexual, os autores que cometem a violência, não possuem um perfil específico padronizado, mesmo sendo considerados pessoas de confiança devido ao vínculo que possuem, seja ele de amizade, confiança e/ou familiar, seja homem ou mulher, qualquer um pode cometer este ato, portanto, vale ressaltar a importância de ficar alerta com todos aqueles que obtém contato com as crianças e os adolescentes, sendo dever de todos assegurar seus direitos. Por esta razão, é de suma importância sempre criar um espaço de confiança e escuta para que se sintam à vontade em dizer qualquer coisa que vivenciem, cabendo ao adulto tomar as medidas de proteção necessária imediatamente.