Reconhecendo que o contexto atual exige tanto o trabalho interdisciplinar como o uso de estratégias alternativas e criativas para os atendimentos, iniciamos no mês de outubro a oferta de oficina de argila.
Essas intervenções alternativas pretendem além de desvendar a realidade concreta, na complexidade do fenômeno da violência doméstica, contribuir para o desenvolvimento de processos sociais emancipatórios das mulheres.
A arte é importante instrumento de reprodução do ser social e o que é feito nas oficinas é uma das matérias primas para o trabalho dos profissionais do CRAM.
Durante a oficina de argila são passadas informações sobre sua origem, seus benefícios, sua flexibilidade e o experimento com a arte. Foi direcionado que a oficina será para confecção de máscaras de argila durante quatro encontros.
As músicas instrumentais e brasileiras são aplicadas durante a oficina e são instrumentos de direcionamento das sensações. E assim inicialmente são realizados alongamentos de braços, de mãos e de dedos para que seja possível durante o contato com a massa a percepção dos membros e força do próprio corpo, são ensinadas as formas de manuseio e o uso de utensílios para moldar a argila. Sempre ressaltando que não existe a perfeição e/ou certo e errado na construção da obra, cada uma tem sua singularidade, sendo que a argila respeita a sua história e o seu contato com ela.